13 de maio de 2009

MENSAGENS FALSAS E ABSURDAS

Normalmente não gostamos de receber correção ou repreensão. É muito mais agradável ouvir palavras suaves que nos animam, sem mexer nas feridas das nossas falhas e erros. Muitos pregadores e autores aprenderam bem este fato. Quer os prédios de igrejas lotados? Fale de bênçãos e benefícios de ser cristão, mas não condene os pecados na vida dos adeptos. Quer vender muitos livros? Escreva sobre temas agradáveis, evitando falar muito do pecado ou da necessidade de uma transformação total na vida.


Houve muito ensinamento deste tipo na época de Jeremias. Quando ele lamentou o sofrimento do povo na queda de Jerusalém, comentou sobre os profetas que evitavam ofender o povo com palavras de repreensão: “Os teus profetas te anunciaram visões falsas e absurdas e não manifestaram a tua maldade, para restaurarem a tua sorte; mas te anunciaram visões de sentenças falsas, que te levaram para o cativeiro” (Lamentações 2:14). Num dos piores momentos da história dos israelitas, Jeremias coloca uma boa parcela da culpa nos pregadores que não condenavam o pecado dos ouvintes.


Em outra ocasião, o mesmo profeta disse dos pregadores populares: “Curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz” (Jeremias 8:11). Mas tais pregadores prosperam somente porque os ouvintes gostam das suas mensagens inofensivas. 600 anos depois de Jeremias, Paulo disse: “Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos” (2 Timóteo 4:3).


Quem sofrerá as conseqüências de ensinamento fraco e inútil? Os próprios ouvintes! “O que rejeita a disciplina menospreza a sua alma, porém o que atende à repreensão adquire entendimento” (Provérbios 15:32). Por este motivo, não é suficiente reclamar sobre as pregações fracas e enganadoras. Temos de buscar o ensinamento sólido da palavra de Deus. Jesus perguntou: “Pode, porventura, um cego guiar outro cego? Não cairão ambos no barranco?” (Lucas 6:39).


Dennis Allan

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