19 de março de 2010

Quando eu crescer

Crianças pequenas olham para o futuro com esperança e sonhos. “Quando eu crescer, eu vou ser... ou eu vou fazer....” O desenvolvimento de uma pessoa do berço à maturidade é um processo fascinante.

Percebemos perigos que a criança não compreende. Entendemos riscos que escapam à percepção de um jovem. Conhecemos dor que ainda não invadiu a vida de um adolescente.

Grandes possibilidades

Você, jovem, encara um mundo cheio de oportunidades e possibilidades. Faculdade, emprego, namoro, casamento, família, viagens, mudanças. Está tudo na sua frente! Mais opções do que tem no cardápio de uma pizzaria!

Nos próximos anos, você tomará decisões sobre muitas destas opções. Neste processo, decidirá passar por algumas portas abertas, pensando nas suas metas, nos seus sonhos, no seu futuro. Quando toma a decisão de avançar por uma porta vai perceber que, na maioria dos casos, ela se fecha atrás de você. A decisão de aceitar um emprego quer dizer que não estará disponível para aceitar outro. A escolha de um namorado, ou mais ainda, a decisão de casar-se com um parceiro, exclui todas as outras possibilidades. A decisão de fazer um curso na faculdade, na maioria dos casos, já define a direção de sua vida escolar e profissional. Se gastar dinheiro para comprar uma coisa, não o terá para comprar outra. São as realidades da vida. De todas as decisões, precisa abrir a porta para Deus e fechar a porta ao pecado: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade” (Eclesiastes 12:1).

Estas decisões, muitas vezes, demonstram a diferença entre uma criança e um adulto. A criança não considera as conseqüências e não calcula o impacto futuro de suas decisões. Age pelo impulso da imaturidade e procura, depois, fugir das conseqüências de suas escolhas más. O adulto, porém, assume responsabilidades, pensa antes de agir e cumpre seus compromissos.

Grandes riscos e grandes oportunidades

Uma criança toma seus primeiros passos inseguros e cai. Com a ajuda da mãe, levanta-se e tenta outra vez. Nos meses seguintes, cairá várias vezes. Algumas vezes vai chorar um pouco, mas raramente se machucará.

Alguns anos depois, a mesma criança começa a andar de bicicleta. Ganhou mais liberdade, aprendeu como se locomover em maior velocidade. Os pais colocam limites para não permitir que ande em avenidas muito movimentadas. Quando cai, pode se machucar, mas, mesmo assim, os riscos são limitados. Ferimentos graves são possíveis, mas não muito prováveis. A liberdade e a capacidade aumentaram, e os perigos, também.

Quando a mesma criança, agora jovem, chegar aos 18 anos, vai correndo para tirar carta de habilitação para andar de moto ou de carro. É isso que é liberdade! Os riscos, também, multiplicaram. Um acidente agora pode causar ferimentos graves, ou pode até tirar a vida do próprio jovem ou de outras pessoas.

A independência e a liberdade trazem responsabilidades e riscos maiores.

Esses exemplos servem para mostrar como outros riscos, também, multiplicam quando passa da infância à maturidade. Erros da infância raramente estragam a vida toda. Mas os erros de um adolescente ou jovem adulto podem, sim, complicar o resto da vida. Se escolher os amigos errados, pode ser induzido a se envolver em crime e perder a liberdade, ou pior. Se decidir casar com a pessoa errada, pode sofrer o resto da vida, e as conseqüências podem atingir várias outras gerações de descendentes. Se experimentar bebidas ou outras drogas, corre o risco de criar um vício que trará prejuízos em todos os aspectos da vida.

O crescimento nos traz, também, grandes oportunidades. Passando da adolescência, você terá condições de ajudar outros e contribuir de uma maneira significativa ao bem das pessoas ao seu redor. Na sua escolha de profissão e na maneira de tratar as pessoas próximas você poderá mudar para o melhor as circunstâncias de familiares, amigos e até estranhos.

influência maior possível será o impacto da sua conduta na vida espiritual dos outros. A sua decisão de servir ao Senhor trará a possibilidade de conduzir outros ao Senhor, por suas palavras e seu exemplo. “Ninguém despreza a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis....” (1 Timóteo 4:12).


Dennis Allan

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